Angola vai receber do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), cerca um milhão e oitocentos mil euros, de um total de quatro milhões e quatrocentos mil euros, para apoiar os esforços do governo local, no combate ao surto de cólera, que assola o país.
A informação foi prestada pelo representante daquela agência da ONU em Angola, que está em visita a uma das regiões mais afetadas pela doença.
A cólera que soma e segue em Angola e coloca o país entre o que registou mais mortes por cólera em África no mês de março, segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS).
A cólera é o assunto do momento em Angola, a doença que não rima com saneamento e que para muitos não se fez o necessário para prevenir o atual surto. Os números colocam o país entre os que mais mortes registrou por cólera em África no mês de março, segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde, OMS.
Angola notificou 4.036 novos casos de cólera no mês de março e 179 mortes associadas com uma taxa de letalidade de 4,4%.
Os números sobem, o que inquieta as autoridades e parceiros. 17 das 21 províncias já foram atingidas, entre elas, Kwanza Norte, que recebe a esta altura a visita de Antero de Pina, o representante do Unicef em Angola, que avalia o quadro epidemiológico na região e prometeu apoio financeiro ao país.
“Já temos em caixa quase cerca de 2 milhões de dólares e também estamos em processo de mobilização mais de cerca de 3 milhões de dólares junto com a OMS, portanto com parceiros como a União Europeia, através da Eco, e também do Fundo Global de Emergência, da sede em Nova Iorque”.
O representante do Unicef também esteve esta semana na província de Benguela, em companhia da ministra da Saúde. Na ocasião, Sílvia Lutucuta admitiu preocupações com a região da Baia Farta, o epicentro da cólera na região.
A ministra sublinhou que no quadro de reforço do combate à doença estão a ser mobilizados recursos extras para apoiar os governos provinciais.
“O Ministério das Finanças já está a dar tratamento. A nossa comissão está a prestar atenção também às necessidades de todas as províncias e está-se a dar solução às necessidades financeiras de cada província. O Ministério da Energia e Águas também tem estado a dar um grande apoio com aquilo que são as necessidades para o abastecimento de água”, disse a ministra Angolana da Saúde, Sílvia Lutucuta, destacando as medidas em curso para conter o surto de cólera que o país registra desde o início de janeiro.
José Silva – Correspondente RDP África
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