Mais de nove milhões de litros de combustíveis contrabandeados foram apreendidos este ano em Angola. O número foi avançado esta manhã pelo ministro de Estado e chefe da casa militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado. Autoridades angolanas procuram soluções para conter o contrabando de combustíveis. O fenómeno tende a aumentar e está a causar enormes prejuízos à economia, segundo as autoridades.
A província do Zaire, no norte de Angola, é apontada como o epicentro do contrabando de combustível no país, dada a extensão e vulnerabilidade da sua fronteira com a vizinha República Democrática do Congo.
Os mais de 9 milhões de litros de combustíveis contrabandeados e apreendidos este ano superam os dados apresentados pela polícia recentemente que falava em 7 milhões entre janeiro e novembro.
Francisco Pereira Furtado, ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente Angolano, esteve na região para avaliar o grau de implementação das medidas de combate ao contrabando de combustíveis.
“As quantidades de combustíveis apreendidas desde janeiro até agora superam os 9,3 milhões de litros de combustíveis diversos. Se o país investe na importação destes combustíveis refinados, se 80% destes combustíveis forem canalizados para comercialização, em termos de contrabando, sem o Estado arrancar um único kwanza de imposto, os prejuízos que o Estado Angolano tem no seu orçamento relativamente àquilo que é investido na importação de combustíveis para o país”.
O responsável que lidera a comissão de luta ao contrabando do combustível disse ainda que no Zaire existem 23 postos ilegais de abastecimento de combustíveis em posse de cidadãos estrangeiros, situação que contraria a lei.
“O estrangeiro não pode comercializar combustível, não pode ser atento ao composto de abastecimento de combustível no país, então temos que mudar imediatamente este processo”.
Ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente Angolano, Francisco Furtado, que esteve na província do Zaire para avaliar as medidas de combate ao contrabando de combustíveis.
José Silva – Correspondente RDP África