Angola assinala esta terça-feira o dia do início da luta armada, 4 de fevereiro, com o ato oficial a decorrer na província do Uíge, norte do país. O 4 de fevereiro marca o início de um processo, que culminou com a proclamação da Independência de Angola, a 11 de novembro de 1975.
Data relevante para Angola e também de reflexão, pois simboliza um momento histórico para o país. No dia 4 de fevereiro de 1961, um grupo de angolanos, considerados destemidos, pegou em catanas e se levantou contra o regime colonial, dando início à luta armada de libertação nacional. O ato central da efeméride que acontece na cidade do Uíge será orientado pelo ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado.
A nacionalista Albina Assis recorda momentos do início e da continuação deste processo histórico, que no seu entender, devem ser partilhados.
“O nosso grito de liberdade é libertar os presos políticos que lá estavam. É por isso que eles dirigiam-se à Casa da Recursão, à Ruca, e ali à unidade operativa, que na altura também era a Cadeia. Mas nunca ninguém e toda a gente se tem esquecido de contar a continuidade do 4 de fevereiro, nos musseques onde o único bairro que escapou às sevícias e aos ataques foi o bairro Indígena. Porque, de resto, todos os bairros foram atacados: Marçal, o Sambizanga, o Rangel, todos os dias saíam mortos, porque a população civil portuguesa armou-se e avançou. Foi preciso levar algum tempo para receberem ordens para parar com as armas e mesmo assim arranjaram armas brancas, faziam lanças nos serviços. Muita gente não sabe dessa história”.
Nacionalista angolana Albina Assis, quando recordava os momentos vividos no início da luta armada de libertação nacional, Angola homenageia nesta terça-feira os heróis de fevereiro, no dia 4, que marca o início da luta pela independência que está a caminho dos 50 anos.
José Silva – Correspondente RDP África em Luanda