Angola precisa construir mais de dois milhões de habitação, para colmatar o défice existente no país. Este dado foi avançado pelo diretor-geral do instituto nacional de habitação, Silva Neto. O órgão procura parcerias para o investimento em novos projetos habitacionais.
A realização do sonho da casa própria continua a ser uma miragem para muitos cidadãos em Angola. Depois de nos últimos 15 anos o governo apostar na construção de centralidades, a oferta ainda não satisfaz a demanda.
As casas não chegam para todos. O Instituto Nacional de Habitação reuniu com os parceiros estatais de modo a se encontrarem soluções para os vários problemas que afetam o setor da habitação.
“A auscultação iniciou primeiro com os promotores imobiliários, empresas de construção. Depois houve uma sessão de auscultação também a nível dos bancos comerciais e agora está a ser feita a auscultação a nível institucional. Com os nossos colegas do Ministério da Administração do Território (MAT), da Justiça, vemos as formas como podemos propor medidas que criem algum impacto nos próximos dois, três anos”, disse o Diretor-Geral do Instituto Nacional de Habitação, Silva Neto.
O governo quer sair do negócio da construção de casas e a solução pode passar pela iniciativa privada ou parcerias público-privadas. O desafio é suprir o déficit de mais de 2 milhões de habitações.
“O país está com um déficit de cerca de 2,2 milhões de habitações. Praticamente faltam 2 milhões de habitações e então precisamos de ver como poder minimizar esse déficit”, afirmou Silva Neto, Diretor-Geral do Instituto Nacional de Habitação de Angola, que também realçou que desde 2009 o Programa Nacional de Habitação do Estado já construiu mais de 300 mil casas que beneficiaram várias famílias.
José Silva – Correspondente RDP África em Luanda