Imagem de Sindicatos angolanos surpreendidos com recalendarização do reajuste salarial
Foto: Novo Jornal

Sindicatos angolanos surpreendidos com recalendarização do reajuste salarial

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Sindicatos angolanos surpreendidos com recalendarização do reajuste salarial

As três principais centrais sindicais angolanas vão reunir-se esta terça-feira com o Governo para analisar a questão do atraso no pagamento do ajuste salarial de 25 por cento para a Função Pública. Trata-se de uma medida que faz parte do acordo alcançado pelas partes no ano passado, prevista para ser implementada neste mês de janeiro, mas que o governo, avançou na última semana, só se vai efetivar durante o primeiro trimestre do ano. Um adiamento que surpreendeu os sindicatos que mostram a sua insatisfação.

As três centrais sindicais angolanas que negociaram com o Governo a questão do ajuste salarial, a União Nacional dos Trabalhadores Angolanos (UNTA) , a  Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA) e Força Sindical, mostram-se agora atraídas após o anúncio do adiamento do aumento de 25% nos salários da função pública previsto para este mês de janeiro.

Francisco Jacinto, secretário-geral da CGSILA, diz que não foram previamente avisados sobre a medida.

“Em momento nenhum realizou-se uma reunião para se discutir o adiamento da implementação ou alteração da data de implementação de 25%. Foi uma comunicação surpresa para nós centrais sindicais. Enquanto subscritores do acordo, devíamos ser eticamente convidados para sermos informados no lugar devido, no tempo devido, quais eram os constrangimentos que o Executivo tinha para não executar este 25% no mês de janeiro de 2025”.

Esta terça-feira acontece uma reunião entre as partes e apesar da vontade de alguns sindicatos em retomar a greve interrompida no ano passado, o líder sindical descarta qualquer paralisação neste preciso momento.

“Há aqui uma pressão muito grande. Alguns sindicatos até fizeram uma comunicação particular e estamos a receber aqui uma comunicação de todas as províncias para a retomada da terceira fase da greve que ficou suspensa em função do acordo celebrado, mas nós não vamos ainda fazer isso e temos que deixar aqui claro: recebemos a comunicação do Executivo através do seu secretário de Estado de Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, para o encontro em que estaremos lá para  ouvirmos o secretário de Estado o que é que tem a dizer sobre o caso”.

Francisco Jacinto, secretário-geral da CGSILA, uma das três centrais sindicais angolanas que pede explicações ao governo em torno do adiamento do ajuste salarial de 25% na função pública.

José Silva – Correspondente RDP África

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