O Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, ameaçou expulsar uma comitiva com membros das Nações Unidas que estava de visita ao país. Perante as ameaças, a missão internacional apressou-se a abandonar o país.
Ou saem agora do país ou serão expulsos. Foi a ameaça direta de Sissoco Embaló, Presidente da República da Guiné-Bissau, ao nigeriano Bagudu Hirse (antigo ministro de Estado e Negócios Estrangeiros da Nigéria) que chefiava uma missão conjunta de alto nível da Comunidade dos Países da África Ocidental e da Delegação das Nações Unidas para a África Ocidental e o Sahel.
Em comunicado conjunto à Missão Internacional refere que “deixou Bissau na madrugada de 1 de março, na sequência de ameaças de expulsão proferidas por sua Excelência, o Presidente Umaro Sissoco Embaló”.
A Missão Internacional estava na Guiné-Bissau para ajudar na obtenção de “um consenso político sobre um roteiro para a realização de eleições inclusivas e pacíficas em 2025″.
Chegou mesmo a reunir com o presidente guineense, segunda-feira, dia 24 de fevereiro, tendo Embaló de seguida partido para Moscovo, onde esteve com Vladimir Putin.
Mas tudo se complicou depois da Missão Internacional ter reunido com a oposição Embaló porque queria que todos os partidos assinassem um compromisso conjunto.
Quando soube deste objetivo, Sissoco Embaló pegou no telefone e empurrou a Missão Internacional para fora da Guiné-Bissau.
Frederico Pinheiro – Jornalista RDP África
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