As autoridades marítimas cabo-verdianas vão avançar com um inquérito para apurar as causas do afundamento do navio da marinha mercante “Nhô Padre Benjamim” ontem na baía da Preguiça, na ilha de São Nicolau.  

A embarcação, com 20 ocupantes, 19 tripulantes e um passageiro, fazia a ligação Sal-São Nicolau. Transportava materiais de construção e maquinaria pesada para as obras que decorrem no aeródromo de Preguiça.

Em declarações à RCV, na Ribeira Brava, o capitão “Nhô Padre Benjamim” explicou que o mar estava revolto, com muitas vagas, o que dificultou as operações de bombagem de água que invadiu o navio.

Ao aproximar-se da baía, deu-se o naufrágio. O presidente do Instituto de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos e Marítimos, Jorge Rodrigues, diz que o mais importante agora é apurar as causas do naufrágio.

“O nosso objetivo principal é tentar identificar o que esteve na origem, para que de facto possamos, a posteriori, emitir, portanto, recomendações para evitar que algo semelhante venha a acontecer pelas mesmas causas. A nossa função é a investigação para prevenir, portanto, acidentes”.

Já o presidente do Instituto Marítimo e Portuário, Saidi Santos, assegura que o navio “Nhô Padre Benjamim” tinha todos os documentos em dia e não levava carga a mais.

“Estamos a recolher mais informações, como eu disse, de momento ainda não se ouviu a tripulação, que é importantíssimo, as primeiras declarações da tripulação do capitão do navio, são informações ainda recolhidas muito à quente”.

Depois de terem sido observados pelo delegado de saúde da Ribeira Brava, os ocupantes do navio foram transportados para o município do Tarrafal, onde serão ouvidos hoje pelas autoridades marítimas.

Carlos Santos – Correspondente RDP África