O Procurador Geral da República de Moçambique diz que a internet está a ser usada para comandar operações criminosas no país, cujos autores se encontram fora do território nacional. O alerta foi lançado na província de Maputo.
Para o Procurador-Geral da República de Moçambique, Américo Letela, o avanço tecnológico está a propiciar a criminalidade transnacional.
“A massificação do uso das plataformas digitais, aliada à crescente conectividade entre os Estados, tem proporcionado aos grupos criminosos a possibilidade de praticar crimes de forma remota, explorando vulnerabilidade da ordem social, econômica e tecnológica existente no país. Um exemplo evidente desta realidade é o fato de alguns líderes de organizações criminosas, envolvidos em tráfico de drogas e de pessoas, raptos e ao financiamento de terrorismo com ramificações transnacionais, encontrarem-se sedeados no estrangeiro e dirigirem operações cujos efeitos se fazem sentir no território nacional”.
E é preciso que o Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional reforce as parcerias para combater estes males, diz o Procurador-Geral da República.
“Só assim será possível enfrentar com firmeza estes fenómenos criminais, proteger a sociedade e reforçar a confiança dos cidadãos nas nossas instituições”.
Apelos ouvidos na 3ª Reunião Nacional do Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional que decorre na Ponta de Ouro, na província de Maputo, no sul de Moçambique.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África em Maputo