A cultura guineense perdeu uma das suas expoentes e estrelas, trata-se da multifacetada Osvaldina Dina Adão.
Dina Adão foi dona duma vida tão rica e preenchida de feitos e êxitos no mundo da cultura. Muito cedo, como testemunhada na hora da sua partida, começou com a participação nos grupos de teatro, nos Fidalgos, na dança, no canto e, principalmente, já catapultando a sua carreira, na participação no filme do renomado Flora Gomes, premiado cineasta guineense, na ficção “Udjus Azul de Yonta”.
Falecida no passado dia 05/11/2024, Dina Adão deixou para trás uma marca e um nome:
Marca de uma mulher que superou todas as barreiras e limitações que as condições de um país como Guiné-Bissau impõe, de uma forma resoluta, Dina se fez estrela e um nome que inspira a muitos e todos.
Dentre amigos, parentes, conhecidos e admiradores, cada um pode escolher a sua versão da Dina: Uns lembrarão de Dina dos fidalgos, um grupo de teatro, Dina Diplomata, funcionária da Embaixada dos EUA, Dina Atriz, Dina artista, Dina estilista, Dina apresentadora da televisão, se quisermos também, a primeira mulher africana apresentadora numa televisão brasileira – TV Brasil.
Africanamente, celebrando a sua passagem, se juntaram homens e mulheres do mundo da cultura guineense para celebrar e render a justa e merecida homenagem a Dina Dão, cantaram-lhe músicas de sua preferência e assim como as saudades- Ninan, noiba Nobu, do compositor Atchutchu ou estim de José Carlos Schwarz.
Para o artista Sidónio Pais, Dina marca o seu nome para sempre dentre aquele que não morrem, devido o impacto do seu trabalho. Para escritora Odete Gomes, Dina será lembrada para sempre como uma mulher de múltiplas facetas.
Adeus, Dina de Flora Gomes!