A terceira década do Sec. XXI está a ser marcada por um verdadeiro advento de aceleração tecnológica, justificado em grande parte pela necessidade imperiosa de tornar as economias mais atrativas, competitivas e diversificadas na forma de funcionamento e produção de riqueza, tendo o sector digital e a acessibilidade como uma oportunidade única modernizar e internacionalizar os mais variados modelos de negócios geradores de receitas, empregos e bem-estar social.
Na mesma linha, o processo de reformas, modernização e digitalização da Administração Pública constitui um passo decisivo e inadiável para que, através de implementação de novos modelos organizacionais e de gestão, aliados à introdução dos meios tecnológicos, se promovam a aproximação dos serviços públicos aos cidadãos, acompanhado de maior eficácia e eficiência no modo como os serviços são prestados. Desse modo, será possível cumprir um dos principais objetivos da própria existência da Administração Pública: colocar os serviços o mais próximo possível junto das populações que deles necessitam, diminuindo assim gastos e burocracias originas pelas deslocações frequentes à sede da Administração Pública para tratar de múltiplos assuntos e/ou serviços.
Além disso, é igualmente importante destacar que uma Administração Pública moderna, mais bem organizada e tecnológica produzirá ganhos no atendimento, flexibilidade de horários de funcionamento e ganhos significativos em termos de celeridade na capacidade de resposta às solicitações dos cidadãos.
Por outro lado, havendo uma melhor distribuição de centros de prestação de serviços da Administração Pública, o próprio Estado será capaz de garantir que, em tempo útil, os cidadãos e as empresas obtenham respostas, documentos e serviços essenciais ao desenvolvimento das suas atividades e, consequentemente, à própria economia, através de sistemas tecnológicos de interoperabilidade administrativa que permitam o cruzamento de dados e informações, por sua vez úteis à prestação dos mais variados serviços aos cidadãos e às empresas.
Por isso, foi com bastante satisfação que todos presenciamos o recém-inaugurado primeiro espaço de Serviço Público Integrado (SPI) em São Tomé e Príncipe, na cidade de Trindade, distrito de Mé-Zóchi, onde serão disponibilizados vários serviços da Administração Pública são-tomense, de onde se destacam os serviços das Finanças, Registo Civil e Notariado e da Segurança Social.
Está de parabéns o Governo de STP e os seus parceiros de desenvolvimento.
Trata-se, com toda a certeza, de um ganho importantíssimo para STP, pois estabelece as bases para que, através das reformas planeadas pelo Governo, a Administração Pública se torne mais eficaz, eficiente e próxima das pessoas, promovendo dessa forma uma verdadeira transformação digital, modernizando, desconcentrando e descentralizando os serviços públicos por todo o país.
O desenvolvimento socioeconómico do nosso país só será possível com muito trabalho, reformas estruturais e um investimento coordenado nas pessoas e nas novas tecnologias, de modo a transformar o nosso país, a nossa Administração Pública e a vida das pessoas.
É este o caminho que o atual e os futuros Governos de STP devem prosseguir: Digitalizar, simplificar e tornar os serviços mais próximos das pessoas.