O ambiente é do sempre- calmo, calmo até demais, embora, na Guiné-Bissau, calmo não quer dizer propriamente que está tudo bem e sem nenhum problema. Como já disse muitas e varias vezes, a Guiné-Bissau é imprevisível e surpreende, quase sempre. As eleições gerais marcadas para dia 23/11, próximo domingo, não fogem a regra, estão dentro desta lógica de mistérios que caraterizam a vida política guineense, pode-se até deduzir facilmente um vencedor, mas, pós-eleição é sempre imprevisível. Sempre.
Com os guineenses vão votar? Que sentimentos e emoções levarão para urnas?
Quem será o próximo presidente da Guiné-Bissau? O que se pode esperar?
Os principais candidatos são presidente cessante Umaro Sissoco Embaló apoiado pela Plataforma Inclusiva e Fernando Dias da Costa, suportado pelo Pai-Terra Ranka, até aqui, limitaram-se em trocas de acusações e farpas, aliás, como é habitual nas eleições guineenses. Pouco se falou de projetos e programas concretos para o país.
Estas eleições gerais, despertaram muita esperança nos guineenses, dizem ser umas das mais importantes do país, mas não é bem assim, quase todas eleições tiveram os mesmos sentimentos, de eleição que deveria mudar a página e rumo das coisas.
Costumo dizer de que, a luz das eleições passadas, as eleições guineenses são, geralmente, sinais e tradução do problema e da crise, estas não fogem a regra. Todo o evento pré-eleitoral, foi preenchido com tensões políticas e cenários complicado, por isso, como é conhecido, não é muito difícil fazer projeções pós-eleição na Guiné-Bissau.
Contudo, espera-se que as eleições aconteçam no contexto de civismo e sem grandes sobressaltos.