Kimi Djabaté é um músico e compositor guineense que, embora tenha nascido num centro de música mandinga, cedo se interessou por outros estilos de música como a dança local afro mandinga, gumbé, afrobeat, morna, jazz e blues, incorporando todas estas influências na música que cria e que já deu origem a 3 discos – Teriké (2005), Karam (2009) e Kanamalu (2016). Os discos obtiveram excelentes críticas da imprensa internacional (Billboard, Financial Times, Boston Globe, Ípsilon/Público, entre muitos outros) e resultados nas tabelas como a World Music Charts Europe, onde chegou ao 2º lugar.
Em 2019, Kimi colaborou com Madonna num tema chamado Ciao Bella – que acabou por ser incluído na versão deluxe de “Madame X”, o último disco de originais da cantora norte-americana lançado este ano.
Kimi é considerado uma das ligações contemporâneas à preciosa herança da música griot, que emerge com seus ancestrais na região Ocidental de África. Nasceu no seio duma família pobre, mas com grande sabedoria musical. Aos três anos o balafón (xilofone africano) era o seu brinquedo, aos oito Kimi tornou-se fonte de rendimento para a família de pais griot, tocando em casamentos e batizados, e aos dez já estudava fora na aldeia vizinha, Sonako.
Depois de uma tournée na Europa, anos mais tarde, com o Ballet Nacional da Guiné Bissau, Kimi decidiu ficar na Europa e foi em Lisboa, onde ainda reside, que encontrou outras oportunidades para evoluir na sua carreira musical, dando início à sua carreira discográfica.
De momento, enquanto prepara o disco sucessor de Kanamalu, Kimi continuará na estrada, tanto a solo como em banda. O seu riquíssimo espetáculo ao vivo presta homenagem, enaltecendo e encorajando o seu povo, através de um reportório de músicas, escritas por si e que dão eco ao espírito de uma África contemporânea habitada pelas memórias e pela coragem para um novo olhar.