Os moçambicanos precisam continuar a lutar para devolver a estabilidade política, social e económica. É que o país está mergulhado na crise desde as eleições gerais de 9 de outubro do ano passado.
Esperança, paz e reconciliação nacional devem ser os pilares para o fim da crise pós-eleitoral que Moçambique está a enfrentar, diz o arcebispo de Maputo. Dizem sempre que somos um povo resiliente. A nossa resiliência está nisso, em não perdermos a esperança.
“E depois há paz. A paz permeia tudo. Temos a consciência de que sem paz o desenvolvimento que almejamos, todo um país próspero que queremos, não pode ser construído. E a reconciliação. A reconciliação advém das várias feridas que o povo tem. Há muitas situações que passamos que nos impactaram e marcaram profundamente. É preciso sarar essas feridas”.
Dom João Carlos Nunes defende a necessidade urgente da reconciliação entre os moçambicanos.
“E essas feridas saram-se quando os irmãos sentam juntos, são capazes de falar, capazes de dizer aquilo que lhes mexe e superar. Daí vem o perdão. Ligado à reconciliação está o perdão. Você não pode reconciliar-se se continua como água a perseguir o outro. Então a força da reconciliação se traduz no perdão que vamos ter uns para com os outros”.
À RDP África, o arcebispo de Maputo, Dom João Carlos Nunes, garantiu que a Igreja é pela paz em Moçambique.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África em Maputo
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