O corte de financiamento dos Estados Unidos da América aos programas de saúde e ajuda humanitária em Moçambique forçou o encerramento de 9 organizações que trabalham no combate à malária e levou à descontinuidade de 50 programas de combate à doença. Anúncio feito pela Plataforma das Organizações da Sociedade Civil que trabalham na luta contra a malária.
Os impactos da decisão norte-americana e já sentida, sobretudo no setor da saúde em Moçambique, revela a plataforma das organizações da sociedade civil.
“Uma avaliação que a sociedade civil iniciou logo após a paragem do financiamento do governo americano. Então, isto é bastante impactante, porque sem recursos, também, muita coisa não se pode fazer. E é a sociedade civil que tem que assegurar as intervenções a nível comunitário. E, atualmente, o desafio agudizou-se porque os financiamentos do governo americano foram retirados”.
Uma situação que já levou, segundo Gilda Jossias, da Associação Moçambicana para o Desenvolvimento Concertado, o encerramento de nove organizações que trabalham no combate à malária e à descontinuidade de 50 programas de combate à doença. O futuro poderá ser, por isso, mais sombrio.
“O Fundo Global, que é um grande financiador dos programas de saúde, está num processo de replanificarão e redução do orçamento, o que vai um pouco impactar para aquilo que é a contribuição da sociedade civil para eliminar a malária, mas também a resposta do governo neste sentido”.
A Plataforma das Organizações da Sociedade Civil Moçambicana defende a necessidade de maior financiamento para o combate à malária, assim como para a investigação científica sobre a doença.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África em Maputo