Imagem de FMI defende que a Guiné-Bissau deve construir um porto industrial de pesca

FMI defende que a Guiné-Bissau deve construir um porto industrial de pesca

Imagem de FMI defende que a Guiné-Bissau deve construir um porto industrial de pesca

FMI defende que a Guiné-Bissau deve construir um porto industrial de pesca

O FMI, Fundo Monetário Internacional, defende que a Guiné-Bissau deve construir um porto industrial de pesca, obter certificação para exportar peixe para a Europa e inspecionar eficazmente os navios para beneficiar de um setor severamente sub-representado. É o que se pode ler, Paula Borges, numa nota técnica de enquadramento para um relatório recente de análise ao país e que foi agora conhecido.

O setor da pesca tem exportado o equivalente a cerca de 20% do PIB por ano, mas nada é registado nas exportações oficiais. E porquê? Explicam os relatores porque os navios não podem descarregar o peixe em Bissau devido à falta de infraestruturas. Descarregam noutros países e são vários os que escondem a verdadeira origem do pescado pelo facto de a Guiné-Bissau não ter a certificação da União Europeia relativa à pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, o que fez com que, em 2023, mais de 85% das capturas não tenham estado nos relatórios dos países compradores, tornando-se invisíveis nos dados do comércio internacional.

Esta análise mostra que se todas as capturas dos barcos de pesca industrial fossem registadas como exportações oficiais da Guiné-Bissau, teriam acrescentado 20,8% ao PIB por ano, em média, nos últimos cinco anos, mais do que as exportações de castanha de Caju, que representaram 13,4% do PIB. Vários especialistas e ativistas têm vindo, por outro lado, a chamar a atenção para os perigos da sobrepesca, da deficiente fiscalização e da falta de transparência nos acordos assinados nesta área. 

Paula Borges – Jornalista  RDP África 

Reprodutor de áudio